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Projeto oferece capacitação para produção audiovisual acessível

Fonte: Candiá Produções/Secretaria de Comunicação da UnB

Foto: Estúdio Versailles

A acessibilidade em conteúdos audiovisuais é fundamental para garantir o direito à informação e ao entretenimento para todas as pessoas. Há legislação que determine garantia de acesso a todos, inclusive pessoas com deficiência, mas o que está sendo feito para capacitar produtores de conteúdo a colocar em prática o que manda a lei?

A professora do Instituto de Letras (IL) Soraya Ferreira e os pesquisadores e egressos de mestrado na UnB Saulo Machado e Tabuh Tavares fazem parte de um grupo que oferta, nos meses de julho e agosto, uma série de oficinas para capacitar produtores culturais, cineastas, profissionais das áreas da comunicação e da acessibilidade a produzirem conteúdo digital aplicando princípios do Guia para Produções Audiovisuais Acessíveis do Ministério da Cultura (Minc).

Financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), o projeto Audiovisual Acessível oferece atividades gratuitas e recebe inscrições até 23 de junho pelo site cineseaudiovisual.com.br. As atividades formativas com oficinas de produção audiovisual acessível, legenda descritiva, audiodescrição e janela de Libras para audiovisual acontecem entre 3 de julho e 9 de agosto, pelas plataformas Zoom e YouTube, com acessibilidade em Libras.

A seleção de participantes será feita por meio da análise de respostas do formulário de inscrição, a fim de contemplar a maior diversidade de profissionais possível, sendo 50% das vagas reservadas para ações afirmativas.

“O projeto Audiovisual Acessível é uma iniciativa importante para que profissionais e interessados no tema possam entender como a audiodescrição é necessária para que pessoas com deficiência visual possam usufruir de filmes, programas de TV e demais produções audiovisuais”, detalha a professora Soraya a respeito do tema de sua oficina, na primeira semana de julho.

“A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que descreve personagens, figurinos, ambientes, ações, tempo, visando a fruição do usuário. É ainda importante frisar que o audiodescritor deve ter formação para produzir uma audiodescrição que atenda esse público alvo”, acrescenta. A docente está atualmente na Secretaria Nacional do Direitos da Pessoa com Deficiência, vinculada ao Ministério de Direitos Humanos e Cidadania e participou da organização do guia do Minc.

GUIA DO MINC – O documento lançado em 2018 foi elaborado em parceria com o Instituto de Letras (IL) da UnB. O guia apresenta orientações técnicas para a realização de audiodescrição, janela de interpretação de língua de sinais e legendagem para surdos e ensurdecidos, visando garantir a acessibilidade em conteúdos audiovisuais.

Seguindo o lema “nada sobre nós, sem nós” da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, todas as recomendações que constam no guia foram testadas por pessoas com deficiência visual e auditiva. Honrando essa premissa, o projeto Audiovisual Acessível conta com a participação ativa de pessoas com deficiência na equipe docente e de consultoria em acessibilidade.

 

Atividades do projeto acontecem em julho e agosto. Imagem: Reprodução

 

PROGRAMAÇÃO

12 a 23 de junho – Período de Inscrição
3 a 5 de julho – Oficina de Audiodescrição para Audiovisual com Soraya Ferreira
10 a 12 de julho – Oficina de Janela de Libras para Audiovisual com Tabuh Tavares
17 a 19 de julho – Oficina de Legenda Descritiva com Saulo Machado
24 a 26 de julho – Oficina de Produção Audiovisual Acessível com Alice Lira e LeoMon
9 de agosto – Mostra de Resultados

 

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